Ei-la, a 200ª (ducentésima - confirmei como é dito!) publicação deste blogue que, curiosamente, completa sete meses de existência neste dia belo, solarengo, mas não menos frio, do final de Janeiro. Estou ranhosa, dorida, tenho o nariz entupido. Passei uma tarde linda de cama, a tentar dormir, apesar de sentir as vias respiratórias mais congestionadas do que o sentido Norte-Sul da A2, em hora de ponta. Por isso, caros leitores, desculpem lá a germosidade expressada ou qualquer outra porcaria transmitida.
Ainda tenho trabalhos de casa de duas disciplinas para fazer... depois de um fim-de-semana inteiro a estudar exames nacionais de Geografia A. 'Tá bonito, 'tá!
A vista que eu gostaria de ter da minha janela ao acordar?
Bem, na verdade, eu já tenho uma vista bastante agradável. Mal abro a janela, consigo ver uma imensidão de pinheiros e vegetação, uma vez que moro em frente de um pinhal. Infelizmente, nos últimos anos, têm andado a deitar abaixo todas essas árvores altas que tanto animam a paisagem e abrigam milhares de animais, desde pássaros a coelhos, passando por pequenos insectos, imperceptíveis a olho nu.
No entanto, o meu desagrado também passa, nos dias que correm, pela detestável escuridão que cobre esta linda vista, pela manhã. Sou obrigada a acordar, de segunda a sexta-feira, por volta das sete, antes de amanhecer, o que, decerto, não me serve de grande consolo ou motivação para um árduo dia de escola. Só me deixa com mais vontade de voltar para a cama, de onde nunca deveria ter saído, em primeiro lugar. Quando abro a portada, sinto na pele os cinco graus negativos e não vejo mais nada que não breu. De Novembro a Março, esta é a minha sina.
Portanto, o único aspecto a alterar seria, decididamente, a ausência de luz. Peço unicamente que o Verão volte depressa, para que as manhãs luminosas regressem e eu possa começar o dia com o ânimo de encontrar um sol quentinho lá fora e poder vestir menos de cinco camadas de roupa.
Pelos olhos dele, pelos gestos e pelas insistentes tentativas desesperadas para chamar a atenção, posso concluir, tal como todo o resto do mundo, que ele está apaixonado... por mim.
Pela primeira vez na vida, estou triste por isso acontecer. Não quero ter de partir o coração de ninguém, tal como já partiram o meu.